A cantora Marina Diamands - conhecida pelo nome de Marina and the Daimonds - divulgou semanas atrás o seu novo projeto. A galesa estava cansada de não emplacar seu som nos EUA e, resolveu apostar em nova vertente. Para nova fase da carreira, a artista criou a personagem chamada Electra Heart, que segundo ela seria uma espécie de anti-heroína da música ou vida mesmo - totalmente diferente dela - capaz de tudo para chegar no objetivo final.
Acho que isso tudo seria para provocar uma discussão de até onde as pessoa estão dispostas a irem para alcançar o sucesso seja ele qual for. Claramente, a personagem é uma metáfora do comportamento e das atitudes da humanidade diante dos escolhas empostas por ela.
A moça vinha soltando pequenas prévias onde podíamos ver - curtamente - como essas novas questões seriam abordadas e como refletiria no seu som, veja a primeira parte aqui. E com um certo atraso, foi divulgou hoje a segunda parte da apresentação oficial do alter-ego que funciona como primeiro videoclipe bem bolado. O single intitulado de "Radioative" será lançado pela internet e estará presente no próximo EP da cantora que vai contar basicamente a transformação de Electra Heart e sua degradação moral. Vale ressaltar a performance e a estética em torno da cantora e como o vídeo é bem conduzido
Dá o play e confere:
É triste ver uma artista do nível dela tentar emplacar nos EUA, e para isso tenha que mudar tanto, seja em termos estéticos, quanto da nova abordagem do próprio som. Me lembro da Marina ainda no clipe de Shampain (veja aqui). Na época, logo pensei: "Poxa, ela não deve emplacar nem tão cedo nas paradas, mas pelo menos faz um som muito bom e cativante, tomara que não mude". Mas a sede por alcançar novos mercados foi maior.
Um som mais abrangente, não significa um som meramente comercial, temos muitos exemplos de artistas que não tiveram que mudar suas características originais para conseguir cativar o público americano. Um bom exemplo disso é Florence and The Machine e muitos outros. A inglesa obteve sucesso na terra do tio Sun, com seu trabalho que até hoje continua praticamente o mesmo, mas segue inovando. Talvez seja esse tipo de discussão e pensamento que Marina and The Daimonds quera provocar mesmo.
Falando do ponto de vista comercial mesmo, a cantora e a gravadora erraram o timing. Se queriam explorar o lado mais pop e cair de cabeça no mercado americano - pelo menos tentar- deveriam ter feito isso antes, agora soam para mim (não só para mim) como traidores de si mesmo. Mesmo que por trás desse projeto tenha um cunho mais profundo, poético até, mas ficou muito estranho ver aquela cantora se transformar nisso. Vamos ficar atentos nas próximas aventuras de Electra Heart e suas escolhas.
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